sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Um pouco de poesia...

De Álvares de Azevedo, em Lira dos Vinte Anos, Lembrança de Morrer:

“Quando em meu peito rebentar-se a fibra,/ Que o espírito enlaça à dor vivente,/ Não derramem por mim nem uma lágrima/ Em pálpebra demente./ E nem desfolhem na matéria impura/ A flor do vale que adormece ao vento:/ Não quero que uma nota de alegria/ Se cale por meu triste pensamento. [...] Só levo uma saudade – é dessas sombras/ Que eu sentia velar nas noites minhas.../ E de ti, ó minha mãe! pobre coitada/ Que por minhas tristezas te definhas! [...] Descansem o meu leito solitário/ Na floresta dos homens esquecida,/ À sombra de uma cruz, e escrevam nela:/ - Foi poeta, sonhou e amou na vida....”

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