segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Dia do Médico

Dia 18 de outubro. A saúde é um completo bem estar físico, mental e social. Um direito do cidadão e um dever do Estado. É o que está escrito em nossa Constituição, desde 1988. Os transtornos da afetividade/depressões se acentuam. Separar as doenças físicas das psíquicas não é tarefa fácil. Por isso, o exercício da medicina é uma arte. A arte de ouvir, de auscultar, de palpar e agir. Uma profissão mais que milenar. Mística. Desde os tempos remotos. A sabedoria da mitologia grega já nos mostrava o caminho (Asclépio – Deus da medicina, e suas filhas: Higéia - Deusa da medicina preventiva e Panacéia - Deusa para a cura de todas as doenças e males), sabiam claramente que, assim como um pai não pode privilegiar um dos seus filhos, a medicina não deve esquecer a prevenção em favor da cura - a harmonia deve prevalecer. A cristianização acrescentou a caridade. A arte da medicina iniciou-se nas mãos dos cirurgiões e suas habilidades, suas improvisações e suas técnicas cirúrgicas. Associou-se ao poder da observação clínica, muitas vezes simples, como o ato de lavar as mãos e com isso a diminuição das mortes das mulheres no após parto com a diminuição da infecção puerperal. E, evoluiu nos atos anestésicos do fim do século XIX, permitindo as cirurgias modernas. Em 12 de outubro de 1916 nascia Edson Rebello Moreira, pediatra cachoeirense, fundador do Centro de Estudos da Santa Casa de Cachoeiro. Ele tinha a compreensão exata do ser médico.
            Com a evolução da medicina, sua alta tecnologia, não é mais possível recuperar a imagem retratada em quadros: um leito domiciliar, um moribundo e ao seu lado um médico. A morte não é mais permitida nas residências, nos transferimos para os leitos das Unidades de Terapia Intensiva com os aparelhos de respiração e monitores. Aceitarmos a finitude humana, a morte é inevitável, é uma oportunidade de vivermos em paz. Ainda assim, é possível a profissão médica ser exercida baseada na relação humana dos sentimentos. Por mais que pareçamos frios, nos alegramos com o sorriso de uma criança ou adulto recuperado. Mesmo quando cansados de plantões e dias acumulados de trabalho. O aforismo hipocrático deve nos acompanhar: “Curar quando possível; aliviar quando necessário e consolar sempre.”



Sergio Damião Santana Moraes

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