De
Augusto dos Anjos, Solitário: “Como um fantasma que se refugia/ Na
solidão da natureza morta,/ Por trás dos ermos túmulos, um dia,/ Eu fui
refugiar-me à tua porta!/ Fazia frio, e o frio que fazia/ Não era esse
que a carne nos conforta.../ Cortava assim como em carniçaria/ O aço das
facas incisivas corta!/ Mas tu não vieste ver minha Desgraça!/ E eu
saí, como quem tudo repele,/ - Velho caixão a carregar destroços -/
Levando apenas na tumbal carcaça/ O pergaminho singular da pele/ E o
chocalho fatídico dos ossos!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário