De
Augusto dos Anjos, Idealismo: “Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!/ O
amor na Humanidade é uma mentira./ É. E é por isto que na minha lira/
De amores fúteis poucas vezes falo./ O amor! Quando virei por fim a
amá-lo?!/ Quando, se o amor que a Humanidade inspira/ É o amor do
Sibarita e da hetaíra,/ De Messalina e de Sardanapalo?!/ Pois é mister
que, para o amor sagrado,/ O mundo fique imaterializado/ - Alavanca
desviada do seu fulcro -/ E haja só amizade verdadeira/ Duma caveira
para outra caveira,/ Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário