No mês de
maio: homenagear as mulheres é fácil. Difícil é mudar comportamento do homem.
Os homens surpreendem-se com a capacidade feminina de realizarem tantas tarefas
ao longo do dia. Ser mulher é isso: filha, nora, tia, avó, madrinha, cunhada,
esposa, mãe e profissional (médica, professora, contadora, dona de casa...).
Não importa, ser mulher, no final, é se fazer presente em tarefas múltiplas - a
dupla ou tripla jornada de trabalho. Começam como filhas – verdadeiras
aprendizas, junto à mãe crescem com o aprendizado e preenchem de alegria a vida
de irmãos e parentes, alegram os lares. Quando adultas, enfeitam a vida de
filhos e maridos. Alegram a casa que ajudaram a construir. As mulheres vão mais
longe, além das tarefas com filhos, casa, cônjuge... Não se esquecem do enfeite
no cabelo, na blusa... Menos ainda da bolsa, dos óculos, coisas que as deixam,
dia a dia, mais bonitas. Tudo isso sem perderem a sensibilidade. As coisas que
sentem, que nós homens demoramos em ver, “percebem em um piscar de olhos”.
Coisas sutis, como as necessidades emocionais dos que nos envolvem. Coisas
sutis de nossos filhos. Necessidades que vão além das coisas físicas e
materiais. Não satisfeitas, avançam na qualidade profissional.
É assim com as
mulheres. É assim com a médica Fabiola de Freitas Moraes. Nasceu em Vila Velha,
município capixaba “Canela Verde”– próximo ao Convento da Penha. Formada na
Escola de Medicina da Santa Casa de Vitória - Emescam, em 1981. Na dúvida entre
oftalmologia e pediatria, optou pelas crianças. Aperfeiçoou-se em São Paulo –
Santa Casa. Chegou a Cachoeiro de Itapemirim em 1986. Quando iniciei na
maçonaria, em 1992, logo se entrosou ao departamento feminino da Loja Maçônica Fraternidade
e Luz. Na ocasião, médica pediatra da Prefeitura, entristecia-se com o estado de
saúde das crianças cachoeirenses. Deparou-se no Morro do Corte Grande, hoje, Bairro
Nossa Senhora da Aparecida, com os altos índices de desnutrição e mortalidade infantil.
Os Maçons e cunhadas da Fraternidade e Luz assumiram o projeto de cadastrar,
nutrir e acompanhar as crianças do bairro. Foram realizadas consultas
pediátricas; distribuído, regularmente, leite e cestas básicas de alimentos. Com
a integração da Pastoral da Saúde e da Infância: a pesagem, palestras de
orientações para a promoção da saúde e entregas de filtros passaram a ser
feitas. Foram muitos anos de trabalho, os anos da década final do século XX. A médica
que permanece na pediatria, agora no Aquidabã e no Bairro Village, além do
serviço em Gestão e Auditoria em saúde da rede privada (Unimed Sul Capixaba), percebe
que gradativamente a desnutrição retorna em nossas crianças. São outros tempos,
são passados mais de vinte anos. Outras formas de abordagem, novas experiências
e condições de atendimento à saúde se apresentam. Mas, no Brasil, a fome e a
miséria, essas são cíclicas – acompanham o baixo nível educacional, a baixa
renda e a falta de empregos. Cabe a nós, Cidadãos e Maçons, ficarmos atentos às
questões sociais. Tenho certeza que a pediatra Fabíola está muito atenta às
questões que se apresentam. Fico feliz, e orgulhoso, por seu crescimento
profissional e humano. Parabéns para todas as mães.
Sergio Damião Sant´Anna
Moraes
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