De
Ferreira Gullar, em Poemas Escolhidos, “O trabalho das nuvens”: “Esta
varanda fica/ à margem da tarde./ Onde nuvens trabalham./ A cadeira não é
tão seca e lúcida, como o coração. [...] A tarde é/ as folhas esperarem
amarelecer/ e nós o observarmos./ E o mais é o pássaro branco que voa –
e que só porque voa e o vemos,/ voa para vermos. O pássaro que é
branco/ não porque ele o queira nem porque o necessitemos: o pássaro que
é branco/ porque é branco./ Que te resta, pois, senão aceitar?/ Por ti e
pelo pássaro pássaro”
Nenhum comentário:
Postar um comentário