É o nome da
Campanha Nacional da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) para prevenção da
doença renal crônica. A insuficiência renal crônica, deficiência completa na
função dos rins, leva a necessidade da terapia renal substitutiva - hemodiálise,
e posterior transplante, tornou-se uma epidemia mundial em consequência do
envelhecimento da população, da sobrevida maior do diabético, obesidade e
aumento das pessoas adultas com hipertensão arterial sistêmica, pressão alta no
entendimento da população. No passado, a doença renal crônica era causada,
principalmente, pelas nefrites e cálculos (pedras). Na atualidade, o diabetes
mellitus e hipertensão são as mais frequentes. Nestes dois casos elas são
silenciosas, não apresentam dor, e os sinais e sintomas da doença só aparecem
em estágios avançados da morbidade. Normalmente nascemos com dois rins e
localizam-se na região lombar, nas costas, um de cada lado, cada rim pesa em
torno de 150 gr e mede 12 cm .
Podemos nascer e viver com um rim só, tanto que em vida podemos doar um rim
para um parente que venha a precisar. O rim filtra 25% de todo o nosso sangue a
cada minuto, com isso elimina toxinas nocivas ao nosso organismo; mantém o
equilíbrio de água e sal dentro do corpo humano; produzem hormônios para evitar
a anemia e fortalecer nossos ossos e também os hormônios para controle da
pressão sanguínea. Os rins possuem uma boa reserva funcional, e com isso, mesmo
com lesão em suas células, podem por vários anos compensar essa perda. Por isso
o alerta de “doença silenciosa”. Existe dor, muitas vezes insuportável, em caso
de cólica renal, infecções urinárias e renais, nesses casos a disfunção, quando
aparece, é reversível, dita insuficiência renal aguda. O exame de urina simples
(EAS) e a dosagem da uréia e creatinina no sangue, exames baratos e de fácil
realização, são recomendados principalmente para hipertensos, obesos, diabéticos
e os com história na família de doença renal. A perda de proteína na urina é um
bom marcador de lesão vascular renal e sistêmica. Diminuindo sua perda, controlando
a hipertensão e mudanças de hábitos alimentares, diminuindo o sal na
alimentação, podemos prevenir ou atenuar as doenças cardiovasculares - infarto
do coração, derrame cerebral e insuficiência renal.
Os
sinais da doença renal: pressão alta, inchação nas pálpebras no período da
manhã, sangue na urina, palidez cutânea e fraqueza. As pessoas com sinais de
doença ou que já apresentam a doença renal devem evitar anti-inflamatórios.
Estes são os remédios mais agressivos aos rins. A insuficiência renal crônica
pode se manifestar em qualquer idade. Por isso, o alerta para a prevenção
iniciar-se na infância – devemos ficar atentos às crianças com infecção
urinária de repetição; com edema (inchaços) e adolescentes com sobrepeso e com
tendência à intolerância ao açúcar (diabéticos) e elevação da pressão arterial.
Previna-se. Realize exames periódicos da urina e dosagem da uréia e creatinina
no sangue. Lembre-se do alerta, sempre. Não apenas no dia 9 de março – Dia
Mundial do Rim.
Sergio Damião Santana
Moraes
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