De Carlos Drummond de Andrade, em A Rosa do Povo: “Em verdade temos
medo./ Nascemos escuros./ As existências são poucas: Carteiro, ditador,
soldado./ Nosso destino, incompleto./ E fomos educados para o medo./
Cheiramos flores de medo./ Vestimos panos de medo./ De medo, vermelhos
rios vadeamos./ Somos apenas uns homens/ e a natureza traiu-nos./ Há as
árvores, as fábricas, doenças galopantes, fomes./ Refugiamo-nos no
amor,/ este célebre sentimento,/ e o amor faltou: chovia, ventava, fazia
frio em São Paulo...”
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