De Álvares de Azevedo, em Lira dos Vinte Anos, Lembrança de Morrer:
“Quando
em meu peito rebentar-se a fibra,/ Que o espírito enlaça à dor
vivente,/ Não derramem por mim nem uma lágrima/ Em pálpebra demente./ E
nem desfolhem na matéria impura/ A flor do vale que adormece ao vento:/
Não quero que uma nota de alegria/ Se cale por meu triste pensamento.
[...] Só levo uma saudade – é dessas sombras/ Que eu sentia velar nas
noites minhas.../ E de ti, ó minha mãe! pobre coitada/ Que por minhas
tristezas te definhas! [...] Descansem o meu leito solitário/ Na
floresta dos homens esquecida,/ À sombra de uma cruz, e escrevam nela:/ -
Foi poeta, sonhou e amou na vida....”
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