De
Adélia Prado, poetisa mineira, em “Morte Morreu”, em seu livro de
Reunião de poesia: “Quando o ano acinzenta-se em agosto/ e chove sobre
árvores/ que mesmo antes das chuvas já reverdeceram,/ da mesma estação
levantam-se/ nossos mortos queridos/ e os passarinhos que ainda vão
nascer./ “Ó morte, onde está tua vitória?”/ Eh tempo bom, diz meu pai./ A
mãe acalma-se,/ tomam-se as providências sensatas./ Todos pra janela,
espiar as goteiras:/ “Chuva choveu, goteira pingou/ Pergunta o papudo se
o papo molhou.”/ Pergunta a menina se a vida acabou.”
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