Anos atrás, conheci
um lindo país. Por mais ou menos duas semanas passeei pela costa leste do
Canadá (Toronto, Otawa, Quebec e Montreal), o lado Atlântico. Além de bonito,
multicultural. Duas línguas: inglês e francês. Nessas línguas, um pedido de
desculpas do primeiro ministro aos aborígines pela truculência dos europeus.
Segundo maior extensão territorial do mundo, com apenas 30 milhões de
habitantes. Apesar de seis meses por ano estar embaixo da neve e da necessidade
da cidade subterrânea, junto ao metrô, um povo alegre e simpático. Encontrei
lagos e rios com águas límpidas. Admirei jardins bem conservados, pinheiros e flores
diferentes. Conheci alces, florestas e cataratas. Viajei por estradas
maravilhosamente conservadas, sem necessidade de privatização, sem cobrança de
pedágios. Ouvi sobre o sistema educacional e saúde pública exemplar. O governo
devolve o imposto cobrado com serviços básicos e essenciais de qualidade. Quase
não vi policial nas ruas, mas sabia e pude comprovar que, quando necessário,
eles aparecem de pronto e são implacáveis no cumprimento do dever. Não se pode
caminhar com bebida alcoólica em vias públicas. Assisti shows em praças, e a
lei era respeitada. Caminhei à noite em Montreal e Toronto, algumas ruas
escuras, sentia-me seguro. No retorno da viagem, encontrei Cachoeiro com poluição
visual intensa e vários outdoors espalhados pelas vias públicas; jovens sem
pernas e braços internados em nossos hospitais, vítimas de acidentes com
motocicletas. No caminho de Quebec para Montreal fica a Igreja de Sainte Anne,
mãe de Maria. Lembro-me dos sinos bem no alto da torre, penso no poeta inglês
Donne: “Nunca mandes indagar por quem os sinos dobram, eles dobram por ti.” Os
sinos dobram por mim e por todos nós. No Brasil, com as mazelas sociais, todos
nós perdemos um pouco.
Agora,
em Cachoeiro, a MapleBear é uma boa opção de Escola Infantil Bilíngue de ensino
canadense. Quando criança aproveitei a chance dos estudos, isso fez a diferença
em minha vida. Acredito na educação como algo modificador da nossa sociedade,
mais ainda das crianças. Na adolescência, e na vida adulta, a fluência no
inglês me fez falta – não era valorizado nas escolas públicas e continua não
sendo. O português e a matemática são fundamentais. Entretanto, com o mundo atual
globalizado, fico imaginando um pai ou mãe com condições financeiras, bem como,
o setor público - governantes, que não valorizam a iniciação do ensino da
segunda língua e sua opções culturais para nossas crianças. Um verdadeiro
atraso.
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