As ações
sociais, o comprometimento comunitário de uma empresa, tornam-se essencial em
nosso país. Uma realidade em empresas do mundo inteiro. Em nossa região a
Cooperativa Médica Sul Capixaba - Unimed se sobressai nos 30 municípios sulinos.
Em Cachoeiro de Itapemirim, nos últimos meses, o Núcleo Feminino Cooperativista
se destaca. As mulheres – médicas, colaboradoras e esposas de médicos
cooperados vão fazendo a diferença. Um projeto chama a atenção, significativo
para as crianças, e de grande alcance humano e social: identificar crianças do
ensino fundamental com deficiência visual. Um trabalho das mulheres da
Cooperativa Médica Sul Capixaba em parceria com a Secretaria Municipal de
Educação. Realizado, inicialmente, na Escola Florisbelo Neves – Novo Parque. Com
o apoio da diretora (Elisângela Chamon) e professores da Escola Florisbelo,
após treinamento dos mestres, foram triados 449 alunos e identificadas 58
crianças para consulta oftalmológica na Unimed. O Grupo Unimed (Médicas: Fabiola,
Delmontina, Stélida, Ermelinda e Regina; Esposas de cooperados: Paula e
Marilza; Colaboradoras: Paula Matielo, Fátima Chicon, Rita Martins, Janete,
Paula – da Casa do Cooperado e Aline) vão se revezando nos cuidados às
crianças. Parece que, cuidar de outra pessoa, doar o tempo que muitas vezes não
temos, satisfaz mais a quem cuida do que a quem é cuidado. No dia a dia, doa
quem não tem tempo; aqueles que o tem, perde-se em divagações que o leva a angústia.
Os sem tempo aproveitam cada minuto, cada segundo, e os transforma em ações. A
retribuição não é em palavras, e sim, em olhares, um olhar de gratidão. Uma das
primeiras crianças a receber o óculos apresentava uma deficiência visual
importante, até então não identificada, quando recebeu as lentes, disse:
“Mãe... Eu vou poder ver a lua!” Era um final de tarde, a noite se chegava, com
o crepúsculo, o céu apresentava as primeiras estrelas, a lua se insinuava. Da
varanda do auditório da Unimed, ele enxergou a lua em detalhes e se encantou.
Naquela noite encantada, ele sonhou com o satélite e com o restante dos astros.
No dia seguinte veria com nitidez as letras do seu livro.
Os projetos
sociais, de forma particular ou de empresas, não são fáceis de manter. Muitos
são os empecilhos: amadorismo, relacionamentos conflituosos, até as coisas do
ser humano – invejas, intolerâncias... Coisas que não deixam o bem se
concretizar. Mas, de tudo, acho que a motivação, o altruísmo, deve se impor. A
ação social existe pela necessidade do ser humano em realizar o bem. Agir como
o colibri em um incêndio de floresta. Em seu bico uma gota d´água. Não importa
o tamanho da ação, e sim, o que ela desencadeia nos nossos sentimentos e nas
outras pessoas. Assim como a criança demonstrou satisfação em ver a lua. Quando
criança, junto ao meu pai, eu pedi: Pai... Ajude-me a enxergar o mar! Foi quando
despertei para a beleza das coisas da vida.
Sergio
Damião Santana Moraes
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