Um pouco de poesia...
De
Libério Neves, “Papel Passado”: “Se, por acidente, moléstia ou velhice,
algum dia eu vier a ver-me (resto) imóvel no lençol, a depender, por
caridade ou pelo amor, do vosso gesto difícil, esse gesto de lavar meus
panos de matéria e de limpar os meus resíduos deste mundo.../ isto será
profundo para vós e doloroso para mim./ E certamente é certo que não
terei palavras, nem gestos, para vos agradar./... quando (eu) assim
restar, imovelmente mudo, contudo ainda vivo, estarei a todo instante,
em mente, beijando as vossas mãos em mim santificadas... essencial
talvez à filtração da alma.”
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