Cantiga para não morrer
"Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento."
Autor: Ferreira
Gullar
terça-feira, 31 de maio de 2016
Bienal Rubem Braga
Uma boa notícia para nossa cidade. Uma festa
literária. Durante alguns dias festejaremos o livro, a leitura e a crônica.
Crônica, esse gênero literário tão nosso, por conta do cachoeirense Rubem
Braga. Ele aperfeiçoou e modernizou o texto curto. Ao texto jornalístico acrescentou
um toque de maestria com suas observações no entorno das pessoas. Esquecia, por
instantes, de relatar o fato. Prendia-se aos sentimentos. Rubem, Paulo Mendes
Campos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Fernando Sabino deram um sentido
acadêmico à crônica. A Bienal é uma das boas maneiras das pessoas conhecerem
Rubem e assim conhecerem Cachoeiro. As histórias leves, curtas e rica de coisas
da nossa terra, faz de Rubem um escritor ideal para crianças e adolescentes
iniciarem no mundo da fantasia literária. Além da terra do rei, seremos
conhecidos como a terra do sabiá da crônica, da borboleta, do rio Itapemirim,
dos córregos, das boas coisas da vida... Recentemente conheci a história de fotógrafo
que se encontra frequentemente na ciclovia da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio
de Janeiro. Inicia a jornada bem cedo, com o nascer do sol. Participa do
Projeto da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, um censo do universo aviário.
Durante alguns dias do ano, ele e outros voluntários, mundo afora, por pelo
menos quinze minutos, contam toda ave que enxergam. Ajudam a determinar rotas
de migração e mapear mudanças climáticas. É verdade que o Rio de Janeiro alegra
a vista do fotógrafo, mas se conhecesse os textos do Rubem, suas lembranças de
infância, de Cachoeiro, descrevendo o rio Itapemirim, seus córregos, descrevendo
de memória as aves que via em nossa cidade e por todo litoral do Espírito Santo,
ele se encantaria com nossa riqueza natural. A Bienal permite isso, falar da
borboleta amarela, das garças, biguás, pardais, quero-quero, bem-te-vi...
Este ano, teremos
bons e ilustres convidados, desde a abertura até o encerramento no domingo.
Espero com ansiedade a presença do angolano José Eduardo Agualusa, ele acredita
na cura pelas palavras. Como médico, apesar de necessitar prescrever medicações
diariamente, também acredito que a poesia possua o poder de curar vários males
que nos afligem. Assim como Agualusa, procuro em dicionários de poesias de A a
Z, palavras que possam atenuar os males do corpo e da alma. Algo lógico, bem mais
racional do que o uso de remédios. Por fim, além de bons escritores, oficinas,
palestrantes ilustres, teremos a posse de novos acadêmicos da Academia Cachoeirense
de Letras (ACL), bem como lançamentos de livros de escritores locais. Acho que
a Bienal encontrou o lugar certo para se instalar, Praça de Fátima, no centro
da cidade, aconchegante e bem junto ao nosso rio, é o melhor que se apresenta
para o momento.
Maio/Junho, 2016.
sábado, 28 de maio de 2016
O olhar da garça
No primeiro
dia de 2015 o sol encontrava-se intenso no céu de poucas nuvens. O rio
Itapemirim, em sua forma habitual, corria serelepe pelo centro da cidade,
separando ruas e avenidas, moldando, junto com o Itabira, o vale cachoeirense. Observando
melhor, o rio encontrava-se, naquele dia, levemente diferente. Suas águas
corriam entre as pedras em um volume menor; em sua correnteza fraca, o som se
ouvia em menor intensidade, resultado da falta de chuvas vespertinas. Em uma
das margens do nosso rio, uma garça. Não aparentava fraqueza. Pelo contrário.
Sobre uma pequena pedra demonstrava equilíbrio e certa altivez. Com seu bico elevado:
imponência - apesar de certa fragilidade ao primeiro olhar, ou melhor, no olhar
das lembranças. Sobre as garças, Manoel de Barros, poeta do Pantanal, escreveu:
“Penso que têm nostalgia de mar estas garças pantaneiras. Há uma sombra de dor
em seus voos. Assim, quando vão de regresso aos seus ninhos, enchem de
entardecer os campos e os homens./ Sobre a dor dessa ave há uma outra versão,
que eu sei. É a de não ser ela uma ave
canora. Pois que só grasna – como quem rasga uma palavra./ De cantos portanto
não é que se faz a beleza desses pássaros. Mas de cores e movimentos. Lembram
Modigliani. Produzem no céu iluminuras. E propõem esculturas no ar. / A
Elegância e o Branco devem muito às garças./ Chegam de onde a beleza
nasceu?/... (Acho que estou querendo ver coisas demais nestas garças.
Insinuando contrastes – ou conciliações? – entre o puro e o impuro etc. etc. Não
estarei impregnando de peste humana esses passarinhos? Que Deus os livre!)”
É... Estava
diferente. Não era assim que a via em meus dias de caminhadas ao longo do rio.
A garça da minha memória trançava alegremente o leito do rio. O voo e a cor
branca de sua plumagem, era o que lembrava. Por isso, a demora em reconhecê-la
sobre a pequena pedra à minha frente. Eu caminhava em sua direção. Mais me
aproximava e menos a reconhecia. Recusava a imagem. Assim como recusamos o
novo, o diferente. Mais me aproximava, mais me parecia estranha. Não na forma
(a cor branca, o bico fino, pescoço comprido, pernas longas...), mas na
postura, no comportamento, na maneira que me olhava. Agia diferente de todas as
outras que continuavam a sobrevoar o rio Itapemirim - o voo da garça que
aprendera a gostar e admirar. A garça que avistava sobre a pedra não me trazia
alegria. Ela parecia me questionar, me fazia pensar, me incomodava. Incomodava
como incomoda aqueles que nos questionam, os que querem respostas para coisas
que fazemos, maneiras que agimos ou escolhas que realizamos.
De repente,
sem uma razão aparente, sem um ruído mais intenso que a fizesse mudar de comportamento,
ela levantou as asas e alguns segundos depois alcançava altura e juntou-se às
outras aves. Uma escolha. Mostrava-se livre para as próprias decisões. Bem mais
livre que eu. Não parecia preocupada com a escolha. Voava simplesmente.
Observei seu voo e fiquei como no primeiro instante em que a vi: sem saber a
razão. Lembrei-me do seu olhar para o entorno do rio - seu leito sujo, águas e
peixes diminuindo... Seria essa a razão? Mas... E o restante do olhar?
Janeiro, 2015.
Não furtarás!
Deuteronômio
5-19. Um mandamento bíblico. Estava escrito na parte interna da caneta Bic. No
fim da citação constava o nome da proprietária. Naquele instante, como um
flash, um resgate instantâneo da memória, de pronto lembrei que pegara
emprestado e não devolvido. Infelizmente um hábito de anos de hospital:
esquecer de devolver a caneta alheia. A devolução acontecia quando o empréstimo
se fazia sem a tampa. No restante das vezes guardava em bolso de camisa com um
movimento quase que automático – algo que atribuía à necessidade de atendimento
de muitos pacientes. Até então muitas justificativas para o acúmulo de canetas
em meu carro. Pela primeira vez a consciência pesou. Uma pequena frase me tocara.
Despertar um sentimento de culpa. No momento da leitura estava em frente a um
paciente, escrevia uma receita médica e orientava sobre hábitos saudáveis – principalmente, controle do peso. Devia evitar
os pequenos furtos noturnos em geladeiras. Quando me dei conta, falava dos pequenos
furtos, como se eu também, não os cometesse. Pensei em outro ensinamento
bíblico: “Não tenham na bolsa dois padrões para o mesmo peso, um maior e outro
menor. Tenham pesos e medidas exatos e honestos...”. Após a saída do paciente,
com o consultório vazio, pensei nas muitas justificativas para os pequenos
erros. Resolvi devolver aquilo que não me pertencia. Enquanto dirigia, lembrei
a história de David e Betsabá, o profeta Natã alertando David sobre os erros. Erros
com o soldado Urias, com os vizinhos... Os erros que David não queria enxergar.
O pensador brasileiro, Eduardo Gianetti, diz: “Ninguém é bom juiz em causa
própria. A capacidade humana de julgar com isenção tende a declinar, na medida
em que nos aproximamos de tudo aquilo que nos afeta e interessa de perto.”
Poderia ser assim: “Se Deus segurasse em sua mão direita toda a verdade e em
sua esquerda a perene busca pela verdade, e dissesse: Escolha! Humildemente
escolheria a mão esquerda e diria: Daí-me senhor! A verdade pura é para vós
somente!”. Talvez, por isso, pela fragilidade humana, para o convívio social,
necessitamos da tolerância zero, uma maneira de agir, que toma conta de algumas
cidades mundo afora. Isto é, todo delito, por menor que seja, deve ser punido
ou avaliado. Voltar aos pesos e medidas exatos e honestos.
Por fim, me
encaminhei ao hospital, devolveria ao dono aquilo que não me pertencia. Algo
simbólico. Um valor material mínimo, mas de grande valor comportamental. Antes,
porém, na Rua Moreira, necessitei de cuidados dentários. Na cadeira do
dentista, enquanto aguardava o procedimento, observei pela janela, na sacada do
consultório, um beija-flor, ele roubava a seiva da orquídea. Pensei em condenar
o roubo, mas a beleza das cores do colibri, seu malabarismo junto à flor, o momento
da natureza me fez esquecer a caneta e o meu próprio delito. Retornei ao
trabalho e deixei a entrega para outro dia.
Maio, 2016
Cachoeirense Ausente
Desde que
cheguei à cidade de Cachoeiro de Itapemirim, março de 1986, procurei conhecer
sua história. Roberto Carlos era uma influência consolidada na infância
(Vitória) e depois na vida adulta (São Paulo). Newton e Rubem Braga, referências
literárias, fui assimilando aos poucos com a leitura da poesia e crônicas. Com
os acordes do Hino Oficial da cidade, do Raul Sampaio, em “Meu pequeno Cachoeiro”,
o amor foi instantâneo. Mas, apesar de viver e gostar das histórias de Cachoeiro,
a festa, bem como a escolha do Cachoeirense Ausente, até então, nunca me
empolgou. Acho que o motivo é o José Eduardo Moreira (Zédu). Engenheiro,
Professor Universitário, conhecedor como poucos, no Brasil, da área de energia,
algo vital para o país. Filho do Dr. Edson Rebello Moreira, um dos primeiros
pediatras da Santa Casa, nome do Centro de Estudos do hospital. Zédu é sobrinho
do Sr. Adelson Rebello Moreira, fundador do Lar de Idosos. Isto é, uma família voltada
para a saúde e cuidados - da criança aos idosos. Fui assim cativado. Mais ainda
quando conheci o Zédu. O encontro aconteceu na sexta-feira, 1º de abril,
tradicional dia da mentira. Foi um encontro verdadeiro, a amizade se fez
presente. Inicialmente, Moema fez uma lembrança do Juracy Magalhães - Jurinha (professor,
político e cachoeirense dos mais respeitados e queridos). Em seguida, Fernando
Neto, Jacó, Gastão, Gedião e Rubem Moreira apresentaram o palestrante e amigo.
Ele falou para um Auditório lotado de familiares, amigos de infância e interessados
em seus conhecimentos na área de energia. Falou por cerca de uma hora sobre a
Energia Renovável, Eólica e Solar: Interações socioambientais; desenvolvimento
regional e sustentabilidade. No final, além do esclarecimento de dúvidas sobre
o tema. Álvaro Abreu, engenheiro cachoeirense, residente em Vitória, nascido na
Casa dos Braga, sobrinho do Newton e Rubem Braga e filho de Bolívar de Abreu -
nome do Centro de Saúde e o primeiro médico sanitarista de Cachoeiro, pediu que
alguém comentasse a infância e adolescência do Zédu. Levantou-se um Senhor, com
toda simplicidade, mas muita emoção, após anos sem encontrar o amigo, contou-nos
da felicidade em rever o Zédu. Falou dos campos de pelada e outras
brincadeiras. Eu, sem saber de quem se tratava, perguntei ao Fernando Neto, ele
disse: “É Tinteiro. Grande jogador e craque do passado. Jogou e fez história no
Clube de Regatas do Flamengo. Saiu de Cachoeiro com o apelido de Pelé, pela
forma física e estilo de jogo, no Rio de Janeiro, eternizou-se no Mais Querido do
Brasil, como Tinteiro”.
Logo depois, e
noite adentro, ouvi novas histórias. Fiquei com a impressão que, se Gabriel Garcia
Márquez – Gabo, em vez da Colômbia (Aracataca),
tivesse nascido em Cachoeiro de Itapemirim, Macondo, sua cidade imaginária e
mágica, de Cem Anos de Solidão, teria o nome de uma das fazendas entre Cachoeiro
e Marataízes. Acho também, Newton Braga, presente à recepção ao Zédu, estaria
feliz. Pois, o encontro do Cachoeirense Ausente com sua cidade, por ele
idealizado, naquela noite, se fez plenamente.
Abril, 2016
Bem-te-vi
Existe um ninho próximo à “Banca
do Jorge”. A banca fica entre o Mercado Municipal e a Padaria Brasil, na Praça
São João. O ninho se acomoda no alto de um poste de iluminação pública. O calor
da lâmpada aquece seus habitantes nas noites frias cachoeirense. O ninho é
pequeno, forma oval, vários gravetos se sobressaem. Não é bonito, mas parece aconchegante.
Os moradores vão se alternando, seus proprietários (genitores) expulsam os
aprendizes tão logo percebem a capacidade de sobrevivência. Foi em uma dessas
“expulsões” que o conheci. Apesar da passagem freqüente pelo local nunca reparara
até então. Em um desses finais de semana, ao me aproximar da banca de revistas,
reparei no esforço do Jorge, o guardador do ninho, em alinhar um pequeno
pássaro colorido (cabeça preta e peito amarelo), que dizia tratar-se do
Bem-te-vi, de volta à arvore. Após algumas tentativas de recolocar o nosso
filhote de Pitangus Sulphuratus, desistiu. Concluiu que, os genitores não o
expulsaram, não se tratava de um “ninhego”, e sim, buscavam levá-lo ao
amadurecimento e desenvolvimento através da liberdade. Aprenderia a voar, e
assim, ganharia o mundo.
Mas ele, tão logo deixava o ninho, desabava no asfalto. Junto aos carros
da avenida. Pelos riscos do local, diminuiriam as chances de sobrevivência.
Nascera em local inadequado, assim como muitas crianças das nossas ruas e
morros. Crescem sem perspectivas. Um futuro ameaçado. Caso estivesse em um
habitat ideal, se estivesse no campo, logo cantaria. Pelas condições oferecidas,
corremos o risco de nunca ouvir seu piar. Um canto a menos em nossa cidade. Um
empobrecimento em nossa onomatopéia. Jorge não desiste. Lembra de outros
passarinhos, de gerações anteriores de Bem-te-vis. Lembra do canto forte, do
modo peculiar no assobiar, na chegada do casal de amantes e futuros genitores. Ele
acompanha a natureza, as coisas do ser humano e as coisas da cidade se
misturando. As gerações se adaptam. As hormeses acontecem. São maneiras
diferentes de viverem e vivermos. Bom seria se a ave de cabeça preta e peito
amarelo continuasse exibindo seu canto em toda região brasileira. Que o
Bem-te-vi continuasse a encantar São Pedro, padroeiro de Cachoeiro de
Itapemirim, em mês de junho e em todos os meses do ano. Quando ele eleva o voo
e, ao longe, ouvimos seu sinal, ficamos com a certeza que São Pedro esquece as
chuvas e que o sol estar por vir. Lembramos o calor e aconchego de um ninho. E,
é o que buscamos quando adormecemos.
Janeiro, 2012
Azulix
Vitor, meu
filho mais novo, tempos atrás, recebeu de presente, em seu aniversário de anos
de vida, um passarinho. Na verdade, um filhote de “periquito”, conhecido como
Calopsita. Na ocasião, uma ave bem pequena, desnutrida, lembrava um prematuro indefeso.
Por vários dias, com dedicação, ele cuidou. Oferecia líquidos e alimentos, em
pequenas seringas, gota a gota, diretamente no bico do pequenino. Eu, nada
dizia, apenas observava. Nunca fui afeito a animais, menos ainda aos pássaros.
Mas admirava a maneira do cuidar. Com o
passar dos dias, o pequeno “periquito” transformou-se. Seu corpo tomou uma
coloração azul e Vitor o apelidou de Azulix. Azulix aprendeu a cantar. Quando
em visita ao apartamento, na praia de Itapoã, em Vila Velha, na sacada eu ficava,
sentava próximo à sua gaiola, lia o jornal, ele parecia entender, ficava em
silêncio por um bom tempo, apenas um leve balançar de asas... Era diferente
pela manhã de fim de semana. Logo cedo, com o nascer do dia e com o
assanhamento do sol, ele ecoava seu canto.
Vitor, devido
atividades em seu último ano no curso de medicina, passou uma temporada em
Anchieta, no Programa de Saúde para a Família. Azulix permaneceu em Vila Velha
sob os cuidados dos tios e avós do Vitor. Apesar das atenções, Azulix, dias
depois, apresentou-se triste, não mais cantava e recusava alimentos. Parecia
doente, tudo indicava algo grave, uma doença desconhecida dos humanos. O
veterinário diagnosticou: Tristeza profunda! Saudades... Vitor retorna e Azulix
se recupera. Volta o canto forte. Alimenta-se. Retorna a alegria e o canto no
apartamento. Tudo indicava que a presença do amigo curara Azulix. Em minha
racionalidade estranhava a recuperação. Na prática médica, em hospital, alguns
pacientes apresentam, também, uma melhora quando na terminalidade. O conforto e
carinho os fazem melhorar. Algo não entendido.
Dias atrás,
Vitor telefonou e disse: “Azulix morreu.” Ele contou: “Quando acordei, não ouvi
seu canto, procurei na gaiola, ele estava caído. Morreu durante o sono da
noite. Na noite anterior, antes de dormir, ouvi seu último canto. Era um canto
triste. Levei seu corpo e o enterrei no quintal do vô.” Pensei... O quintal
encontra-se junto ao morro do Convento da Penha. Pela proximidade, acho que
Azulix ficou encantado, e quero crer, após retornar dos aborígines
australianos, permanecerá junto ao Vitor.
Abril, 2013
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