De
Ribeiro Couto, Cais matutino: “Mercado do peixe, mercado da aurora:/
Cantigas, apelos, pregões e risadas/ À proa dos barcos que chegam de
fora./ Cordames e redes dormindo no fundo;/ Á popa estendidas, as velas
molhadas;/ Foi noite de chuva nos mares do mundo./ Pureza do largo,
pureza da aurora./ Há viscos de sangue no solo da feira./ Se eu tivesse
um barco, partiria agora./ O longe que aspiro no vento salgado/ Tem
gosto de um corpo que cintila e cheira/ Para mim sozinho, num mar
ignorado.”
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